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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

DESCOISIFICANDO O SER HUMANO


Em sua caminhada terrena Jesus ensinou aos homens lições inesquecíveis e atemporais, ou seja, aplicáveis em qualquer época. Dentre elas, uma das mais importantes, é a valorização do ser humano mesmo ante o descrédito dos demais seres humanos. Que valor atribuir ao Gadareno? Da mesma forma o cego de Jericó, Zaqueu, a mulher adúltera, entre outros seres “inúteis” dos seus dias? Em todos esses casos Jesus demonstrou esperança e, mais do que isso, agiu pessoalmente para a mudança de tais pessoas, o que aconteceu conforme relato bíblico-histórico incontestável.
Como já mencionado anteriormente, os ensinos de Jesus são atemporais. Resistem ao tempo sem o mínimo de desvalorização. Em tempos hodiernos eles continuam sendo ouvidos nos púlpitos das igrejas, seminários e sermões variados, não obstante ao desvio de algumas denominações e líderes.
Porém, na contramão desse princípio, o da valorização do ser humano, instituições financeiras, comerciais, religiosas, entre outras, tem realizado o que denominamos COISIFICAÇÃO DA VIDA HUMANA. Isto é, o ser humano tem sido tratado como mera mercadoria.
A voz que dirige e orienta as pessoas não tem sido a do amor, altruísmo, bondade, solidariedade, entre outras vozes provenientes do provedor de todas essas coisas: Deus. A voz que tem sido escutada e obedecida é a voz mercantil e capitalista.
As motivações, com raras exceções são contaminadas pelo “grande rei” da humanidade: O dinheiro.
São Pedro, o apóstolo já previa tal situação ao escrever o seguinte: “E por avareza farão de vós negócios com palavras fingidas”II Pe 2.3
O ser humano tem sido tratado e visto como número simplesmente. O afago, o carinho, os sentimentos saudáveis provenientes da alma humana tem sido sufocados por interesses escusos, motivações financeiras, lucrativas e afins. Isso já é prática comum no mundo comercial e empresarial, com raras exceções. Exemplo disso é o que ouvi certa vez sobre a admissão de uma determinada pessoa em uma empresa renomada:
O entrevistador disse ao entrevistado no momento da admissão: Trabalhe aqui, produza o máximo que puder, dê muito lucro a essa empresa e não “pise na bola”. Pois, quando isso acontecer não pensaremos em sua família e nem em você.
Embora pareça algo correto sob o ponto de vista empresarial, há uma dose de crueldade e desumanidade nessa afirmação. Mas, esse pensamento rege as instituições financeiras, empresas e afins que vivem sob a égide do capitalismo. Entretanto, assustador é saber que tal pensamento está regendo até algumas instituições religiosas.
Há denominações, que se dizem evangélicas, que o foco é tão somente financeiro. O tempo do culto é preenchido quase na totalidade com pedido de dízimos e ofertas. Os envelopes de contribuição tomaram o lugar da bíblia. A mensagem Cristocêntrica perdeu espaço para a mensagem da prosperidade. Quando mais se contribui, mais fé a pessoa tem, segundo estes “vampiros” do evangelho. A espiritualidade e fé das pessoas têm sido medidas pelo carro que possuem, pela casa que construíram ou coisas semelhantes. A ação do Espírito Santo perdeu espaço para programas e métodos criados no inferno com intuito de arrecadar mais dinheiro dentro dos templos. Não se pensa no ser humano, no sentido bíblico, estou dizendo agora. Ou seja, não há preocupação em que a palavra de Deus seja implantada nos corações produzindo novas criaturas como disse o apóstolo Paulo (II Co 5.17). A pregação dos fundamentos da fé Cristã como Salvação, Santificação, Arrebatamento, entre outros, se tornou algo que causa repúdio em alguns líderes e crentes. Qual a razão de tudo isso? COISIFICAÇAO DO SER HUMANO. Ou seja, o importante é o que ele tem para nos oferecer, os benefícios, financeiros, principalmente, que ele nos dá.
Infelizmente muitos não enxergam essa realidade e, vivem como cegos guiados por cegos que testemunham a própria exploração como se fosse benção de Deus.
Exemplo desta manipulação, exploração, coisificação do ser humano é visto na mídia, quando algumas igrejas e líderes usando o dinheiro de dízimo e ofertas dos crentes explorados e “vampirados” promovem a violência, prostituição, bruxaria com programações televisas de canais ditos evangélicos que, sob a falsa mensagem de propagação do REINO DE DEUS estão na realidade propagando e fazendo crescer o “REINO BISPAL”. O pior de tudo é que ninguém percebe, ou fingem que não estão vendo que o tempo utilizado por esses canais para propagação do evangelho é mínimo ou quase inexistente.
Sabe qual a razão de tudo isso? Estão trabalhando com números, coisas, mercadorias. Cada crente dessas igrejas, para seus líderes são números, cifras, coisas, mercadorias. Cada pessoa que entra nesses templos em busca do REINO DE DEUS, se encontram com assaltantes de fé, ladrões da esperança, treinados cansativamente para falarem da mesma forma, gesticularem de modo ensaiado e programado e sugarem tudo de suas “mercadorias”, atraindo-os com testemunhos de “bênçãos e prosperidades” que às vezes são mentirosos e quando não são exaltam o homem e não a Deus. Exaltam a denominação e não o Senhor da igreja e pregam o ter em detrimento do ser.
Vamos DESCOISIFICAR o ser humano e principalmente os crentes, pois não somos números, coisas ou mercadorias, somos a imagem e semelhança de Deus. Seja crente, fiel a Deus, contribua na sua igreja, pague seu dízimo, mas nada além do que ensina e autoriza a bíblia. E sem negociatas com Deus, pois Ele simplesmente ignora tais coisas.


Pr Junior

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